Universidade Sénior do Seixal

Farol Cabo Espichel-Cooperativa Artesanal Pesca

No âmbito da Disciplina de Questões de Economia e Finanças, efectuámos  no dia 24 de Fevereiro, uma visita de estudo ao  Farol do Cabo Espichel e à Cooperativa  Artesanal Pesca, em Sesimbra.

Desta visita damos registo de dois artigos da aluna Glória Silva

Farol do Cabo Espichel

Segundo alguns registos, é de crer que já antes da edificação do Farol do Cabo Farol Cabo ExpichelEspichel, ali se acendesse uma luz rudimentar (fogueira) para guia dos navegantes: Santa Maria (N.S. do Cabo) teria aparecido em 1410 no Cabo Espichel, para "acalmar o temporal e iluminar o oceano como se fosse dia"; em 1428 já existia a ermida, dois anos depois começaram os círios, e a irmandade de N. Sra. do Cabo, edificou um farolim antecessor do actual farol.

A construção do atual farol data de 1790, o que o torna um dos mais antigos da nossa costa, após a publicação do alvará pombalino com força de lei de 1758.

Pouco ou naFarol Cabo Espichel 2da se sabe quanto ao material que inicialmente o equipava, mas, em 1866, sabia-se que o farol funcionava com 17 candeeiros de Argand, com refletores parabólicos, utilizando como combustível o azeite. A luz era fixa, branca.

Anos mais tarde recebeu um aparelho catóptrico de 1ª ordem, passando a emitir grupos de 4 clarões brancos.

O corpo do edifício anexo à torre, foi aumentado para ambos os lados em 1900.

Em 1926 foi eletrificado através de motores geradores que funcionavam a petróleo.

Em 1947 foi-lhe instalado, em substituição do anterior, um novo aparelho, já com painéis aeromarítimos, que desde 1940 equipava o farol do Cabo da Roca.

Trata-se de um aparelho dióptrico, catadióptrico girante de 4ª ordem, grande modelo (300 mm distância focal), que  ainda hoje o  equipa, e à data, com uma lâmpada de 2400 watts, 80 Volts, lhe conferia um alcance luminoso de 42 milhas. A rotação da ótica era produzida através da máquina de relojoaria.

Só em 1980 foi ligado à rede elétrica de distribuição pública, passando então a funcionar com uma lâmpada de 1000 watts, vindo a ser automatizado em finais de 1989.​

Farol 3LOCALIZAÇÃO: PERTO DO EXTREMO DO CABO ESPICHEL

FUNÇÃO: COSTEIRO

ESTABELECIMENTO: 1790

LATITUDE: - 38º 25',01 N

LONGITUDE: – 09º 12',89 W

ALTURA: 32 m

ALTITUDE: 168 m

ALCANCE: 26 MI (48 Km)

Visita à ARTESANALPESCA

A Artesanal Pesca marca a diferença  na forma como captura o pescado, através da pesca ArtesanalPescaartesanal e através de um comércio justo.

A Artesanal Pesca comercializa directamente o pescado capturado pelos barcos dos seus associados. Não há intermediários e logo a cadeia de comercialização é mais curta, e claro,  mais justa o que, também beneficia o consumidor.

Actualmente, a Artesanal Pesca conta com mais de 60 funcionários em postos de trabalho directos, e congrega cerca de 400 pescadores em embarcações associadas, sendo que este número aumenta consideravelmente quando consideramos as famílias dos mesmos e actividades adjacentes.

Numa vila como Sesimbra, estes números têm um peso determinante no desenvolvimento da economia local.

A implementação da nossa estratégia representou uma revolução no sector da pesca nacional e possibilitou uma forma mais justa e sustentável de comercialização do pescado dos nossos associados. Comprar peixe à Artesanal Pesca equivale a adquirir peixe directamente ao pescador, garantindo assim os máximos níveis de frescura e qualidade.

ArtesanalPesca 1   ArtesanalPesca 2

A pesca ao Peixe-Espada Preto é exercida com o Palangre de profundidade, e é dirigida especificamente a esta espécie. Esta é uma arte de pesca passiva, sendo considerada uma das mais selectivas, e logo com menor impacto no meio ambiente, ao contrário de outras menos selectivas e mais nocivas para o ecossistema marinho. O uso da Sardinha ou Cavala inteira como isco, garante que praticamente não se capturam peixes juvenis.

A Artesanal Pesca é reconhecida pelo Peixe-Espada Preto, mas também tem associados que usam outras artes de pesca artesanal. Assumem maior relevo os que se dirigem a espécies como a Sardinha, Carapau, Cavala ou o Polvo.

cavala

No caso do pequenos pelágicos (Sardinha, Carapau e Cavala) são utilizadas P espadaredes de cerco, e as embarcações são normalmente denominadas de “cercadoras” ou traineiras.

A pepolvosca do Polvo é feita com as artes de Armadilhas (Covos) e dos Alcatruzes, que são artes passivas e muito pouco agressivas.

O nosso objectivo é alargar a nossa estratégia de comercialização a outras espécies e a outras artes de pesca artesanais portuguesas, valorizando os produtos do mar, dignificando os pescadores artesanais e garantindo a sustentabilidade dos recursos.

2016-02-24  Glória Silva

Inclui reportagem fotográfica da nossa visita

Visita de estudo, a Sesimbra e Farol do Cabo Espichel by Slidely Slideshow

Sem comentários ainda

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Comentários recentes